Além da família, concebo a escola como um dos locais de formação humana, que utiliza a apresentação e discussões de diversos conteúdos, com o intuito de formar cidadãos ativos em meio a uma sociedade cobradora de deveres. Só que essa intenção (da família e escola) não conta com o auxílio total dos diversos meios de comunicação e, muito menos, dos próprios indivíduos que não se sentem instigados a se posicionarem curiosamente e criticamente perante as informações que constantemente recebem tanto da escola, quanto de outros meios de comunicação, dentre estes a televisão.
O resultado do comportamento inativo e não reflexivo, em certos casos, persuade os indivíduos a aceitarem uma “cultura”, anteriormente inaceitável a sua própria maneira de viver.
A TV, por se apropriar de recursos que manipulam a afetividade, estética e lógica do telespectador acaba, assim como a escola, formando os indivíduos que a ela se expõem.
São inúmeros os casos de crianças, que vulneráveis aos irrelevantes conteúdos transmitidos subliminarmente, foram educadas à maneira da mídia. Esses acontecimentos revelam que a influência exercida pelos pais e famílias não foi suficiente para abater o poder educacional da TV.
Contrariamente ao que posso está deixando transparecer, não é minha intenção tratar da TV como um recurso prejudicial ao desenvolvimento atento dos sujeitos; até porque existe conteúdos amplamente construtivos para o enriquecimento intelectual. Contudo, diante dos fatos que a realidade me faz enxergar é mais que evidente o papel formador de princípios e comportamentos que ela tem exercido; o que pode gerar uma desapropriação das responsabilidades históricas que a família e a escola possuem (a de educar sem adestrar). Isso é o que mais me preocupa!
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