Com os avanços tecnológicos sofridos em diversos setores que compõem e fazem funcionar o mundo, é preciso atentar para a realidade de que novos conhecimentos (em sentido curricular), não mais dependem de um projeto ou planejamento para serem difundidos, mas sim da construção de novos modelos de espaços dos conhecimentos, como afirma o filósofo em informação, Pierre Levy.
As tecnologias da informação, mais pensada na figura do computador, como meios (no plural) de fazer pensar, de fazer conhecer, de fazer comunicar, ou mesmo de fazer relacionar pessoas, proporcionam uma expansão de saberes, habilidades, capacidades, experiências, gostos, sabores e interesses; dos quais, intimamente ligados, operam efeitos inovadores, que podemos considerar “amigos” da educação. Uma vez que, a meu ver, a pluralidade de reflexões engaja críticas, opiniões e, portanto, promovem um ambiente de diversos saberes.
Mas, claro, toda essa pluralidade deve ser filtrada, já que nem todo conteúdo nela presente possuirá informações relevantes; principalmente para o espaço da educação, que requer restrições e, como afirma Michael Moore, professor da universidade da Pensnylvania, EUA, “as tecnologias só agregam valor ao processo de ensino quando estiverem acompanhadas de um bom planejamento pedagógico.
A respeito dos resultados advindos da expansão das tecnologias da informação é inegável a sua grande contribuição para a área da educação, contudo, há desafios a serem superados, como diz o educador americano Frederic Litto, da Universidade de São Paulo:
“O desafio dos professores não será mais ensinar que Cabral descobriu o Brasil em 1500, mas fazer com que o aluno consiga resolver seus problemas utilizando os meios de tecnologia e informações disponíveis. O conceito da educação não será mais o de ‘informação de possível uso caso você precise’ mas o de ‘como enfrentar a melhor solução para problemas no momento em que eles surgem”.